Saiba qual o tipo de máscara que devemos utilizar.

O uso de máscara está presente no nosso quotidiano desde o aparecimento em 2020 do Coronavírus SARS Cov 2 em Portugal.

A Direção-Geral de Saúde recomenda o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços fechados e recentemente o uso é mesmo obrigatório em qualquer circunstância, como medida preventiva adicional ao distanciamento social. Mas nem todas as máscaras são iguais.

Aqui vamos explorar os diferentes tipos de máscaras com níveis de proteção diferentes, recomendados para uso de profissionais de saúde ou comunitárias.

O profissional de saúde de medicina dentária está desde sempre familiarizado com o uso de máscara durante os procedimentos clínicos. Nos tratamentos dentários existe maior exposição há transmissão de partículas e aerossóis no ar entre o paciente e o médico dentista e sua assistente.

Existem 3 tipos de máscaras, que são frequentemente utilizadas: as máscaras de tecido, vulgarmente designadas por máscaras sociais ou comunitárias de classificação têxtil, a máscara cirúrgica (dispositivo médico) e semi-máscara de proteção respiratória (KN95, FFP2 e FFP3), considerado Equipamento de Proteção Individual.

Máscaras de Tecido

Máscaras Cirúrgicas

Máscaras de Proteção Individual KN95

Máscaras de Proteção Individual FFP2

Qual a diferença entre as máscaras cirúrgicas e as semi-máscaras FFP?

A utilização das máscaras deve respeitar a norma da DGS 07/2020 de 29/3/2020 destinada a Profissionais de Saúde, a Orientação 19/2020 de 3/4/2020 destinada a outros profissionais e a Informação nº 09/2020 de 13/4/2020 destinada a todos os cidadãos.

As máscaras produzidas em território nacional devem respeitar as especificações técnicas DGS/Infarmed/ASAE/IPQ de 14/4/2020 e todos os produtos importados devem cumprir as orientações Infarmed/ASAE publicados nos termos do decreto Lei nº14-E/2020 de 13/4/2020.

Uma máscara cirúrgica é um dispositivo médico regulado pela Directiva 93/42/CEE e deve cumprir a norma EN 14683:2019. O seu objetivo é evitar a projeção de gotas emitidas pela pessoa que usa a máscara. Também protege o utilizador contra a projeção de gotas emitidas por outra pessoa. Portanto, protege as gotas em ambos os sentidos. No entanto, não protege contra a inalação de partículas muito pequenas no ar, pelo que o profissional não está protegido contra partículas finas (aerossóis).

Máscara Cirúrgica

Reduz a exposição das outras pessoas às secreções do utilizador e também o protege das gotículas de maiores dimensões que possam conter vírus ou bactérias. Compostas por TNT (tecido não tecido), não são eficazes a bloquear as partículas microscópicas que circulam no ar.

Máscara de Proteção Individual FFP2 | FFP3

Filtra cerca de 99% das partículas que circulam no ar, incluindo as mais pequenas, com 0,3 micrómetros (0,003 milímetros). Já o modelo FFP1 impede a passagem de, pelo menos, 80% das partículas, e o FFP2 de 99% (nos EUA, o modelo equivalente é o N95). Habitualmente feitas de microfibra sintética, devem ser usadas o mais ajustadamente possível ao rosto.

Existem três tipos de máscara

  • Tipo I: eficiência da filtração bacteriana >95%.
  • Tipo II: eficiência da filtração bacteriana >98%.
  • Tipo IIR: eficiência de filtração bacteriana >98% e resistente a salpicos.

As máscaras cirúrgicas geralmente utilizadas na implantologia são as tipo IIR. O tempo de utilização recomendado pelos fabricantes é de 4 horas.

Existem três tipos de máscaras FFP, em função da sua eficácia (segundo a sua eficácia do filtro e da fuga facial). Podem ser assim distinguidas:

  • As máscaras FFP1 filtram pelo menos 80% dos aerossóis (fuga de ar para o exterior <22%).
  • As máscaras FFP2 filtram pelo menos 94% dos aerossóis (fuga de ar para o exterior  <8%)
  • As máscaras FFP3 filtram pelo menos 99% dos aerossóis (fuga de ar para o exterior  <2%).

Assim sendo, todas estas máscaras de proteção obrigatoriamente têm de ser marcadas com a marcação «CE», seguida do número do organismo notificado que interveio na fase da avaliação da conformidade (corresponde a quatro dígitos) identificação do fabricante, identificação da norma harmonizada aplicável (EN 149: 2001+A1: 2009), a classe apropriada (FFP1/FFP/FFP3) NR (não reutilizável – uma única jornada) ou R (reutilizável).

Podem consultar aqui toda a informação validada pelas autoridades nacionais mais concretamente a entidade fiscalizadora ASAE.

Atenção às falsificações!

Em Portugal de grosso modo as máscaras mais vendáveis no mercado são as KN95 (norma chinesa GB2626-2006), equiparada no seu desempenho às máscaras FFP2 (norma europeia EN 149), as máscaras N95 (norma americana NIOSH 42C-FR84).

No atual contexto circula muita informação e contra informação acerca da conformidade das máscaras. Na Odyssey Médica verificamos e testamos as máscaras que comercializamos mais concretamente as KN95.

É um facto que existe no mercado muitas FFP2 falsificadas e com certificados CE falsificados mas por uma questão de segurança, apenas comercializamos KN95 com certificados em conformidade.

Podem verificar nas fichas técnicas e certificados que as máscaras KN95 chinesas devem cumprir a norma chinesa GB 2626-2006 e esta norma deve ser validada por um laboratório oficial da lista de institutos acreditados pelo Governo chinês (CNAS: Servicio Nacional de Acreditação da China).

Pode consultar aqui toda a informação, recomendações e normas da Direção Geral de Saúde.

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